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Certificado de Zona Livre de Peste Suína Clássica é apresentado ao governador Raimundo Colombo

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certificado raimundoO certificado de Zona Livre de Peste Suína Clássica, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), foi apresentado ao governador Raimundo Colombo nesta terça-feira, 2, em Florianópolis. A entrega foi feita pelo secretário da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, que esteve em Paris com o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, na última quinta-feira, 28, onde receberam o documento durante a 83ª Assembleia Mundial da OIE.

Reprodução

Sopelsa disse que esse é um momento muito especial para o agronegócio de Santa Catarina. “O Estado se torna uma referência em qualidade e defesa sanitária para todo o mundo. Essa é uma vitória do setor produtivo e de todos os catarinenses, é um diferencial do nosso produto, feito com tanto carinho e dedicação por milhares de mãos”.

Santa Catarina e o Rio Grande do Sul foram os únicos estados brasileiros que receberam o documento. Este é o primeiro ano que a OIE certifica as zonas livres dessa doença. SC tem dez mil propriedades rurais ligadas à suinocultura – que, em 2013, conforme a Associação Catarinense de Criadores de Suínos, geraram 65 mil empregos diretos e 140 mil indiretos – integradas às 159 agroindústrias estabelecidas no Estado.

A produção anual de carne suína gira em torno de 850 mil toneladas. Com um rebanho efetivo estimado em 7,9 milhões de cabeças, o Estado é responsável por 27% da produção nacional, cerca de 3,48 milhões de toneladas, e aproximadamente 35% das exportações brasileiras de um total de 505 mil toneladas em 2014. Também no ano passado, o Estado exportou 159 mil toneladas de carne in natura e produtos industrializados no valor de US$ 548 milhões. Os principais destinos foram Rússia, China, Angola, Cingapura, Chile, Japão, Uruguai e Argentina.

Conforme o secretário da Agricultura, a expectativa é de que a certificação da OIE seja um diferencial na conquista de novos mercados para a carne suína catarinense, principalmente para a Coreia do Sul, União Europeia e México. “Temos uma condição diferenciada em relação aos outros estados brasileiros, e isso é determinante para a conquista e a manutenção de mercados internacionais para a suinocultura”.

O diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados de Santa Catarina, Ricardo Gouvêa, slientou que o certificado é uma confirmação do trabalho que Santa Catarina vem fazendo em termos de sanidade animal. “Isso começa a mostrar ao mercado que é um trabalho muito sério e correto. Sem dúvida, vai refletir na comercialização do nosso produto, beneficiando a cadeia produtiva como um todo”.

Para manter a excelência sanitária do rebanho, o estado mantém um rigoroso controle das doenças animais através da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), com a participação dos criadores e entidades ligadas ao setor. Hoje a Cidasc mantém 63 barreiras sanitárias permanentes nas divisas com os estados do Paraná e do Rio Grande do Sul e também com a Argentina, para impedir o ingresso de animais e produtos de origem animal que possam contaminar o rebanho catarinense.

Para o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, a certificação vem consolidar a situação de um Estado que é exemplo em sanidade mundial. “A Cidasc trabalhou em busca deste reconhecimento. O Estado está fazendo de tudo para garantir oportunidade para as indústrias encontrarem mercado e para os produtores aumentarem a sua produção e, consequente, a sua qualidade de vida. O Governo do Estado investe mais de R$ 200 milhões por ano em defesa sanitária. Isso também foi fundamental para obtermos esse titulo tão importante”, explicou.

O presidente da Epagri disse que a certificação credencia o Estado aos mercados externos e que a Epagri, por meio de suas estações experimentais, busca levar o conhecimento e a tecnologia ao produtor com novas perspectivas”.
Organização Mundial de Saúde Animal

A OIE foi criada em janeiro de 1924 para combater as enfermidades dos animais, em especial a peste bovina, atualmente erradicada no mundo. Ela conta com 180 países membros, dispõe de escritórios regionais em todos os continentes e mantém relações permanentes com 45 organizações internacionais. Um dos principais objetivos da entidade é garantir a transparência da situação sanitária no mundo e a segurança sanitária no comércio mundial de animais e seus produtos, particularmente dos alimentos. As regras internacionais preconizadas pela OIE protegem os países contra enfermidades e são cumpridas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Entre as seis enfermidades certificadas, o Brasil já obteve o reconhecimento como área livre de febre aftosa com vacinação para 23 estados, sem contar Santa Catarina, que é o único estado brasileiro livre da doença sem vacinação; área livre da peste dos pequenos ruminantes e risco insignificante para a encefalopatia espongiforme bovina (vaca louca). As demais certificações contemplam a peste suína clássica, a peste equina e a pleuropneumonia contagiosa bovina.

Informações adicionais para a imprensa:
Elisabety Borghelotti
Assessoria de Imprensa
Secretaria de Estado de Comunicação – Secom