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O papel da sustentabilidade no desenvolvimento de Maués, capital do guaraná

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Cidade do Amazonas é referência em sustentabilidade no cultivo de guaraná

 

A sustentabilidade ainda é encarada como um grande desafio, pois envolve uma série de cuidados tanto ambientais como sociais. No entanto, a comunidade de Maués conseguiu provar que ela pode ser facilmente incorporada ao dia a dia e gerar resultados extremamente positivos, principalmente quando o assunto é guaraná. O cultivo da fruta é um exemplo de sustentabilidade aplicada desde o primeiro elo da cadeia produtiva e de equilíbrio entre produção em larga escala e respeito ao meio ambiente.

O cultivo de guaraná é a principal atividade econômica de Maués, onde predomina a agricultura familiar, e o trabalho é 100% manual, envolvendo mais de 2 mil famílias. Diante da importância da fruta para o desenvolvimento da região e às condições específicas para o seu plantio, os produtores locais demonstram grande preocupação em adotar as melhores práticas sustentáveis, como instalação de corredores ecológicos e plantações de guaraná intercaladas com reservas florestais. Tais conhecimentos são adquiridos e aplicados graças ao trabalho de pesquisa da Fazenda Santa Helena, centro de desenvolvimento do guaraná em Maués, que incentiva e compartilha diversas técnicas para manter o equilíbrio entre natureza e as pessoas conectadas a ela. Além de beneficiar o meio ambiente, os esforços também já se expressam nos números: a taxa de produtividade aumentou 140% na última década em relação à primeira, quando a fazenda foi inaugurada.

“Quanto menor o impacto ambiental e a dependência de recursos externos, e quanto maiores forem os resultados sociais e econômicos, pode-se dizer que maior é a sustentabilidade”, afirma Roosevelt Hada Leal, engenheiro agrônomo da Fazenda Santa Helena. Uma das técnicas adotadas para a manutenção da flora nativa, por exemplo, é a instalação de corredores ecológicos. Eles recortam as plantações, aumentando a diversidade do ecossistema, além de permitirem o trânsito livre para a fauna. Para minimizar o ataque de pragas e proteger contra ventos que prejudiquem a floração, são organizados campos produtivos de guaraná intercalados com reservas florestais.

Felizmente, tais práticas estão sendo adotadas cada vez mais pelos produtores locais graças ao trabalho realizado pela Fazenda Santa Helena. O local funciona como um centro de pesquisa, onde são realizados estudos em parceria com instituições como a Embrapa e a Universidade Federal do Amazonas para melhorar o plantio da fruta guaraná. Anualmente, as mudas de guaraná produzidas na fazenda são doadas às famílias de produtores agrícolas e periodicamente a instituição promove eventos e workshops. “Através de ações como o Dia do Guaraná, quando são convidados produtores, técnicos, instituições, e sociedade em geral, bem como em visitas técnicas, compartilhamos todas as práticas que levam à sustentabilidade na guaranicultura”, conta Leal.

Todo o esforço prova valer a pena quando os números são analisados. O rendimento da produção de guaraná tem crescido cerca de 140% na última década em comparação à primeira em que a Fazenda Santa Helena foi inaugurada, graças ao trabalho realizado no local e à disseminação de boas práticas.

A fruta foi descoberta e domesticada na Amazônia. Ela cresce e nasce apenas uma vez por ano e deve ser plantada e colhida em épocas especiais. Devido à essa fragilidade, as práticas sustentáveis são essenciais e, quando adotadas corretamente, beneficiam a própria comunidade uma vez que ocorre um aumento natural da produção. Para Leal, “ainda que independentemente cada prática sozinha tenha sua contribuição, uma inter-relação entre elas resultando em uma resposta sinérgica é observada em muitos casos”.

Sobre Fazenda Santa Helena

A Fazenda Santa Helena foi inaugurada em 1971 pela Ambev com o objetivo de ser um centro destinado à pesquisa e ao desenvolvimento de melhores técnicas de cultivo da fruta guaraná. Instalada no coração da Amazônia, em Maués, a fazenda ocupa mais de 1.070 hectares, sendo 856 hectares de mata nativa. O projeto foi desenvolvido no interior da selva amazônica para garantir que o trabalho estivesse em conformidade com as boas práticas ambientais desde o início. No local, são realizadas pesquisas em parceria com instituições como a Embrapa e Universidade Federal do Amazonas para melhorar o cultivo do guaraná. A Ambev promove o Dia do Guaraná, em que centenas de produtores, instituições e a sociedade em geral são convidados a realizar uma visita técnica à Fazenda Santa Helena para conhecerem o viveiro de mudas, os diferentes processos de beneficiamento do guaraná e equipamentos e implementos que aperfeiçoam a produção do fruto.

 

 

 

Informações para a imprensa:

HD Comunicação

 

Erika Nishida | [email protected] | (11) 3514 0700

Rodrigo Boro | [email protected]  | (11) 3514 0704